Até agora não consigo acreditar no que estou lendo. Aliás, me surpreende que eu ainda me surpreenda com a proporção que a cretinice pseudo moralista está tomando nesse país. Estão começando a pregar o comportamento politicamente correto até no vídeo game! Sério!
Veja o artigo que o Baixaki Jogos publicou hoje. O artigo vai em itálico vermelho e eu sigo em letras normais:
"Como você costuma jogar games de mundo aberto? Em Watch Dogs, você dispõe de uma Chicago virtual para explorar – além disso, o protagonista Aiden Pearce possui um aplicativo para celular que consegue descobrir diversos detalhes sobre qualquer pessoa no game. Acontece que alguns jogadores estão utilizando essas informações para matar minorias digitais.
Mesmo que você nunca tenha jogado o título, provavelmente já deve ter visto que tipo de dados o aplicativo de celular de Pearce oferece. Utilizando-o, é possível descobrir o nome do personagem, a idade e a ocupação (algumas vezes até mesmo a renda salarial), assim como algum fato aleatório sobre o investigado.
Esse dado pode ser qualquer coisa desde hobbies e interesses até orientação sexual. Isso pode não parecer grande coisa, mas essas informações estão realmente mudando a maneira como as pessoas jogam e refletem sobre os games."
Eu vou dizer como eu costumo jogar games de mundo aberto: Do jeito que eu quiser! São games e nada ali é real. Se eu quiser atropelar alguém no jogo, eu atropelo e nada vai me acontecer. Isso não me torna um assassino, isso não me torna um criminoso e sabe por quê? POR QUÊ NÃO É DE VERDADE!
Até aí, não há nada de diferente, mas o fim desse trecho já deixa evidente o que está por vir:
"Ódio virtual : Antes mesmo de o jogo ser lançado, o site Kotaku recebeu um email alertando sobre jogadores que estavam caçando certos tipos de personagens em Watch Dogs. A maioria das imagens desse tipo foi tirada do ar. Todavia, pelo menos uma screenshot continua disponível:"
Em seguida vem a imagem a seguir:
"Mas você perdeu o cara preto..."
Por mais que essa imagem faça sentido (O que não faz, já que não se dá pra saber do que o autor da frase se refere), todos nós sabemos que existem pessoas que tem pensamentos racistas ou preconceituosos por aí. Mas chamar de ÓDIO VIRTUAL?! É sério isso?!
Ódio virtual, na minha opinião, é você atacar e destruir a imagem ou reputação de um indivíduo REAL pela internet ou TV. Atacar ou destruir pessoas no vídeo game não é ódio virtual. É simplesmente vídeo game. Aliás, ódio virtual pode até mesmo acarretar consequências graves que vão desde um provesso até prisão. Então, se formos todos pensar como o autor dessa reportagem, seria crime matar uma pessoa no jogo? Teremos que ser punidos por crimes que cometemos nos jogos?
Seria crime se as pessoas estivessem praticando esse ódio por "minorias" na vida real. Enquanto esses usuários estiverem descarregando seu ódio no vídeo game, isso não é da conta de ninguém. Tudo bem que espalhar pela internet é sacanagem, mas já vamos espalhando como se fosse, de alguma forma, um crime horrendo?
Me pergunto se estariam chamando de ódio virtual se fosse uma frase como "Você perdeu o cara branco" ou se estivessem matando apenas brancos no jogo.
"Na imagem acima, é possível ver o protagonista seguindo uma ativista israelita e uma frase: “mas você deixou o negro escapar...”. Logo que o game foi lançado, não demorou muito para que surgissem outras imagens com a mesma abordagem. No vídeo, intitulado “Fazendo do Mundo um Lugar Melhor”, postado no canal Moopoke, Pearce mata com um único tiro muçulmanos, gays, ativistas, negros, imigrantes ilegais, canadenses etc."
Vídeo em questão:
Nossa, que malvado! Uma ameaça para a sociedade, ui!
Posso concordar que a ideia é estúpida, o nome do vídeo é infeliz e é uma idiotice. Provavelmente estamos lidando com algum adolescente babaca que quer chamar a atenção na internet fazendo palhaçadas polêmicas que darão a atenção que ele quer (E provavelmente já está recebendo). Tenho minhas outras desconfianças quanto a outras possibilidades, mas isso não vem ao caso pois seria um aprofundamento desnecessário no assunto e tudo levaria à uma discussão mais política que muita gente não estaria interessada. Mas a pergunta é: E daí?!
"Ah, mas esses vídeos podem influenciar a ação na vida real!" já vai dizer o alienado retardado.
Um tempo atrás, uma onda de ataques nos Estados Unidos foi intitulado de "Knockout Game" e o jogo era basicamente assim: Você vê um cara na rua, vai até ele e o faz desmaiar com apenas um soco. O jogo era praticado por adolescentes negros e a grande maioria de suas vítimas eram brancos e asiáticos.
"Ah, mas pode ser influência do vídeo game" retorna o alienado retardado.
Os próprios jovens, em entrevistas, assumiram que faziam aquilo por diversão e para sair do tédio. Se jogassem vídeo game, provavelmente não estariam entediados na rua, distribuindo socos, não acham?
O que eu quero dizer é: Onde estava o autor dessa postagem, por exemplo, quando esses jogos estavam sendo questionados pela mídia? Onde estavam os defensores da raça humana quando viram um professor universitário cair no chão apagado ou o mendigo bater a cabeça no meio fio e morrer por causa da brincadeira sem graça? Será que se silenciaram por todos serem... brancos?
"As ações do mundo virtual se refletem no real? Ethan James Petty, escritor de Watch Dogs, foi menos do que apológico
quando perguntado sobre as ações tomadas no mundo virtual. Após ser
questionado pelo desenvolvedor de jogos David Gallant sobre esse tipo de
conduta, ele respondeu: “Essa é a realidade doentia em que nós vivemos –
a privacidade das pessoas reduzida aos fatos. Perfis desse nível
‘deveriam’ ser ofensivos para qualquer pessoa.
No dia 28 de maio, Petty também twittou: “Mal posso esperar para ver
como vocês abusam dos nossos pobres npcs em #WatchDogs. Certifiquem-se
em tirar screenshots!"Há anos que o vídeo game está aí, mas o racismo e preconceito estão há muitos séculos a mais. Não venham querer me dizer que um vídeo babaca como esse faz algum tipo de apologia. Se querem atenção ou sensacionalismo, procurem usar outra desculpa porque essa não tá colando mais, viu? Aliás, já está bem passada essa jogada.
As ações do mundo virutal podem ser refletidas no mundo real, mas isso não quer dizer que o vídeo game seja o único influenciador de atos criminosos. Se você assistir filmes como "Hooligans" ou "Crash - No Limite", você vai aprender muita coisa sobre violência e discriminação. Se assistir aqueles sobre gangues nazistas mesmo, já sai com disciplina suficiente para virar um psicopata. E pessoas que se influenciam, tanto por jogos como por filmes ou qualquer outro tipo de mídia, deve ser afastada da sociedade e tratada psicologicamente. Afinal, o problema não está nos jogos e sim na cabeça desse cidadão doente.
Imagina se o vídeo game causasse comportamentos assassinos nas pessoas? Não existiria mais raça humana!
O meu desabafo, olhando um pouco mais calmo para o que já escrevi, pode soar um pouco exagerado e posso até ter pego um pouco pesado nas palavras. Muitos podem olhar o texto do colunista que estou criticando e pensar que é apenas um texto inofensivo que, apesar de ridículo, não tem perigo algum. Mas é exatamente por acharem que esse tipo de comentário é inofensivo que muitos problemas acabam acontecendo.
Quero lembrar aos nossos leitores que, no dia dezoito de Janeiro de 2008, o juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz conseguiu sancionar a lei que PROÍBE a venda do jogo Counter Strike em território nacional por fazer APOLOGIA AO CRIME E O TRÁFICO. A decisão foi tomada quando vários programas de TV, principalmente aquele que passa de domingo a noite na Globo, sobre o jogo e o vício que os jovens estavam criando sobre o jogo. Com a atenção da mídia, quem pode ganhar fama em cima se aproveita. Percebendo que era sua chance de fingir que estava fazendo alguma coisa de correto para a sociedade, o juiz foi lá, proibiu e ponto final. Não houve discussão!
Se abrirem o jornal ou assistirem um noticiário, irão notar que a palavra "minoria" e "discriminação" estão no auge, sendo seguidas por homofobia, racismo, opressão, machismo, etc. Se uma fagulha dessas cai no meio do palheiro que representa o assunto, é o suficiente que algum deputadinho mequetrefe se aproveite para fazer um "favor" à "comunidade" e as "minorias" e censure mais um jogo no nosso mercado. Daí, daqui algum tempo, começam a censurar também um blog (JHN por exemplo), depois uma revistinha, depois um jornal e, quando você vê, já censuraram o Brasil todo. E, acredite, isso não é exagero. É só ler um pouquinho um livro de história (Não os didáticos autorizados pelo governo, é claro) que você vai ver muito essas censuras "em nome do povo".
Quando isso cair nos ouvidos de certos deputados, vão aparecer centenas de grupos de minoria querendo o fim dessa "barbaridade" (Porque barbaridade é você JOGAR um JOGO que te deixa livre para matar quem quiser, mas não é problema a violência no Brasil crescer cada vez mais e os bandidinhos te matarem na vida real). Movimento LGBT, movimento KTYM, SPRTYYGD, DFSG@ST e seus derivados logo vão aparecer em cena para fazer seus discursos e bater pé até conseguir o que querem. Se isso acontecer, estão todos convidados para participar das minhas novas ONG's defensoras de minorias:
OPPG - Organização Protetoras das Pombas do GTA
GAL - Grupo de Apoio ao Locusts
ASTVCA - Associação Salvadora de Tartarugas Voadoras e Cogumelos que Andam
Vamos sempre lembrar que vídeo game é onde você pode fazer tudo, absolutamente TUDO, o que você quiser, do tanto que nunca saia de dentro da tela o seu comportamento. Use o jogo como uma forma de fazer tudo o que você quer fazer e não pode, desde correr pelado pela rua até explodir uma multidão com um tanque de guerra. A forma como você se comporta dentro de um jogo é escolha SUA!
E, para finalizar, aconselho que vocês comprem logo o Watch Dogs antes que resolvam tirá-los da prateleira por conter conteúdo de apologia ao racismo, preconceito, homofobia e tudo aquilo que os defensores tanto AMAM!
Deixamos claro que toda a nossa pequena redação do JHN é contra qualquer tipo de discriminação, racismo e qualquer outro tipo de preconceito. Porém, acreditamos que há limites para tudo e que todos devem ser tratados IGUAIS. Acreditamos que dar prioridades e leis exclusivas para apenas alguns grupos é, em si, um grande ato de discriminação com todas as outras pessoas.
Se somos todos "macacos", como andam dizendo, merecemos todos os mesmos direitos. Se acham tão feio que matem gays, negros, islâmitas, imigrantes e até Canadenses, então que também achem horrível que matem brancos, americanos e todos os outros que não possuem nenhuma ONG ou grupo que os defenda. Porém, mesmo assim, não deixará de ser ridículo a ideia de levar um jogo a sério.
PS: Aos mimimi's que possivelmente vão começar a aparecer:
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